domingo, 22 de setembro de 2013

OUTRO SILÊNCIO DO EU


Chorei...
Pelos meus pedaços, que caíram pelo caminho.
Pelas noites festivas, em que eu estava sozinho.
Chorei...
Pelos cantos em que vi tamanhas injustiças,
Por escolhas isentas, assim chamada preguiça.
Chorei, e pouco adiantou...
Chorei e não fez diferença.
Chorei por quem não se importou,
Chorei em igrejas a falta da crença.
Ninguém viu! Ninguém ouviu.
Assim, por ser escolha minha;
Ninguém ouviu em quanto eu gritava,
Ninguém olhou enquanto eu partia...
Desta forma e assim eu fui executado,
Antes mesmo de alguma condenação.
As lágrimas lavaram minha alma,
Os nervos doparam minha calma;
E todos meus dias seguiram tranquilos,
Em meio a um fato a mais na história,
Somente um detalhe qualquer e sem glória.
Mas a chuva caía e limpava o telhado...
Lavando as tristezas dos dias... Certezas?
Alguns breves momentos de alguma alegria;
Que agora em diversos e milhares de pedaços,
Faziam o eu, somente um ser a mais no imenso universo.
Chorei...
Em outro momento, em outro silêncio!

Assim simplesmente; Outro silêncio doeu!

22/09/2013

2 comentários:

  1. Hoje "outro silêncio doeu".
    Hoje, o provável fim de um ser, doeu.
    Hoje, tenho a certeza que na vida nada deve ser arrastado por demais.
    Pra não levar rasteira da vida.

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