domingo, 26 de maio de 2013

SONETO DAS SAUDADES

Vista aérea de Guarulhos - SP / Outubro de 2012


Eu que agora neste exato momento, sou sozinho,
Entrego-me às lembranças mais doces possíveis.
Que se por um lado não são tantas, são incomparáveis,
Do lado bom e do lado mal, se fazem agora meu ninho.

Eu que agora, neste momento mais do que exato e sem falha,
Lembro-me de todas as casas, de todas as vidas e todos os cantos.
Daqueles que foram cantados, chorados em voz baixa e rouca,
E me inundam com as saudades que trago dentro do meu eu.

Eu que agora neste momento não quero encontro com a rima.
Tenho somente a certeza dos meus desabafos calados no peito,
Das minhas memórias trancadas na alma e do momento agora.

Saudades que não findam em si mesmo e nem mesmo em mim.
Memórias, derrotas e glórias transformadas em saudades intermináveis.
Que não devo e nem mesmo quero esquecer, tantas saudades sem fim.

11/02/2013

terça-feira, 14 de maio de 2013

Bom dia LHCIM (as vezes o princípio é no final).




Eu fiz da minha existência um quê de solidão
Para poder encontrar a imensidão do universo
Para poder escutar o silêncio de alguma razão
Perdida um dia em meio aos sons mais diversos.

Eu fiz de meus momentos um quê de desapego
E encontrei dentro do “ser finito” um quê de sossego
E consegui aceitar o fato de que sou apenas um nada
Na imensidão mais infinita daquilo tudo que me rodeia

Agora, eu vejo novamente o nascimento da aurora,
Com olhos ainda cansados, mas diferente de outrora;
Pois sei, sei bem; Que esta vida é bondosa senhora.

Que conduz cada um dos nossos passos diários
Através de loucos caminhos e estranhos cenários
E somente assim, permitindo momentos tão raros.