domingo, 26 de maio de 2013

SONETO DAS SAUDADES

Vista aérea de Guarulhos - SP / Outubro de 2012


Eu que agora neste exato momento, sou sozinho,
Entrego-me às lembranças mais doces possíveis.
Que se por um lado não são tantas, são incomparáveis,
Do lado bom e do lado mal, se fazem agora meu ninho.

Eu que agora, neste momento mais do que exato e sem falha,
Lembro-me de todas as casas, de todas as vidas e todos os cantos.
Daqueles que foram cantados, chorados em voz baixa e rouca,
E me inundam com as saudades que trago dentro do meu eu.

Eu que agora neste momento não quero encontro com a rima.
Tenho somente a certeza dos meus desabafos calados no peito,
Das minhas memórias trancadas na alma e do momento agora.

Saudades que não findam em si mesmo e nem mesmo em mim.
Memórias, derrotas e glórias transformadas em saudades intermináveis.
Que não devo e nem mesmo quero esquecer, tantas saudades sem fim.

11/02/2013

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